
Inho brinca com seu brinquedo novo... faz tempo que desejava ter um daquele e até que enfim o dia chegou. Pegou-o com cuidado, com carinho... com ciúme. Não deixava ninguém se aproximar da sua conquista, pois a muito custo (e custos que ainda havia de pagar) tinha conseguido. Não digo que Inho apenas brincou com seu novo objeto. Ele o levou a sério. Não era apenas mais um divertimento, era sim, uma conquista que ele gostava de ter. Sua primeira conquista.
Mas como falou-se, era a “primeira” conquista. Logo veio a segunda e Inho se desligou da primeira. Seu brinquedo novo se tornara velho. Agora havia um novo mais novo ainda! Inho ficou feliz e se divertiu. Passou muito tempo cuidando com o mesmo zelo e ciúme da sua segunda conquista. Ela parecia mais saborosa, mas com algum tempo, se tornou amarga.
Então Inho voltou à sua primeira conquista. Realmente ela era mais segura, mais resistente e tinha o que Inho procurava. Mas o que o brinquedo requeria e que outrora Inho tinha de sobra, agora ele não possuía mais. Não havia mais tanto encanto. Era aquilo que ele precisava! Ele sabia disso. Mas não estava mais dando-o a alegria de antes. Restava apenas ser sincero ao seu brinquedo. Colocá-lo de volta na caixa...
Esperar um novo “dia das crianças”.
Somos assim com certas coisas de nossa vida. Alguns valores e prioridades mudam com o tempo.
ResponderExcluirNós humanos, a pura inconstância, sempre em busca de novas realizações e sempre a abandonar as anterios, ate parece que o que vale mesmo é o momento da realização, o momento da conquista, depois nem lembramos o gosto que teve de conquistar o que foi conquistado, e ja corremos em busca de algo que em breve se tornara antigo.
ResponderExcluirMas o bom mesmo é conquistar, é realizar sonhos e viver em busca de novas realizações, as quais ate o momento da conquista é tudo o que precisamos na vida, depois mudamos de opinião e passamos a querer outra coisa, a subir mais um degrau,e mais um e mais outro, outros.
Isa