14 de fev. de 2011

Efemeridades...

 “Eu sou como vento passageiro,
Que aparece e vai embora,
Como onda no oceano,
Assim como o vapor...”
(Quem sou eu – PG)


Aprender é uma premissa do ser racional que o humano é. Até os animais que não possuem raciocínio tão complexo quanto o do homem, aprendem. Pois é, eles aprendem e nós, à duras custas, aprendemos também. Nesses dias aprendi que tudo passa. Que os sentimentos que julgamos serem eternos não passam de perecíveis suspiros... de breves brilhos no olhar. Um grande amigo meu me falou uma frase que cai bem agora, mas não sei de quem é, por isso, peço desculpas adiantadas ao autor pela omissão do crédito. Mas bem, a frase diz: “Não há nada tão bom que não seja finito, e não há nada tão mal que seja eterno”.
Nossos pais um dia passarão, nossos avós também... até nossos animais de estimação passarão. A nossa própria vida! E aí, vem a indagação: Já que tudo, exatamente tudo é passageiro, por que temos este apego tão grande e não agimos de forma aceitável quando perdemos algo que nos parecia “eterno”? Creio que nem eu, nem você, caro leitor, poderemos chegar a esta conclusão, já que somos seres finitos e aprendemos a lidar somente com o que é finito. E, talvez esta já seja a resposta!
Mas que nos dói, dói. Ah, como eu sei que dói. Só que além de doer, ensina. Como iniciamos falando neste texto, em toda e qualquer situação aprendemos. E com o passar das coisas e das criaturas somos confrontados com nossa finitude. Pois é, a lição de hoje é: se as coisas passam, aproveite e saboreie densamente a dor. Pode parecer até um tipo de humor negro, mas é um sabor que te traz a sensação e a certeza de nossa limitação, como homem e como criatura. O gosto do eterno? Ah, este nenhum de nós irá ter!

2 comentários:

  1. O texto é belíssimo e se encaixa em todas as realidades em que vivemos, pois TUDO PASSA e NADA É ETERNO. Queriamos muito que nossos momentos maravilhosos, nossas companhias agradaveis e os sabores fantasticos fossem eternos, MAS NÃO SÃO, apenas as lembranças nos serão eternas, sendo elas boas ou más. O que vale a pena é viver com intensidade e dar valor as pequenas coisas, pois são elas que constroem os grandes e fenomenais sentimentos.

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  2. Mais ou menos com vinte anos de idade, deparei-me profundamente com este fato, não que este não existisse, mas, foi o meu tempo de ver que tudo passa nessa vida e que a minha permanência aqui é por um devido tempo... Pergunto-me para que tudo isso e na minha racionalidade não encontro essa resposta... ou, talvez, tais respostas não me convençam tanto. Penso no lado de que um ser como Hitler viver toda a eternidade seria uma catástrofe e é nessa hora que me calo diante os mistérios da vida e aceito... acreditando que tudo um dia será melhor... ou fazendo melhor esse momento atual. No filme Ghost, no finalzinho, ele diz pra ela: "O que se leva dessa vida é o amor!" Então, amemos!
    Genúsia...

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