23 de out. de 2008

METAMORFOSE MAIS QUE AMBULANTE


Dizia nosso saudoso Raul Seixas em uma de suas músicas: “Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”... “Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes”. Isto me remeteu a como as coisas que hoje são amanhã podem não ser, e aquilo que hoje não é amanhã estará totalmente em evidência.

Como então explicar estas mudanças contínuas na sociedade? Seria apenas um ciclo natural? Acho que não. Tudo isto resume-se ao vazio que homem sente dentro de si e procura preencher com o inédito. O público consumista que hoje enche o comércio não tem nada além do que uma ânsia por novidades. Por algo que ocupe o lugar daquilo que eles não sabem o quê, mas que está faltando em suas vidas.

Todo este anseio faz com que a mutabilidade do ser humano se potencialize em ações, conceitos e idéias. Se fizermos um comparativo hoje com a sociedade de dez anos atrás, ou melhor, cinco anos. Neste pouco tempo já veremos a diferença de alguns comportamentos.

Creio que o grande segredo de tudo está ainda intrínseco nas mesmas linhas de Raul Seixas, quando se ouve: “Sobre o que eu nem sei que sou”...

Não se sabe quem é, nem se sabe o que quer. Este é o caso.

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