18 de jun. de 2009

UM TEXTO DE INDIGNAÇÃO


Feito por um “jornalista”.


Primeiramente hoje já amanheci “P” da vida com o meu computador: na hora que mais precisamos destes eletroeletrônicos eles nos deixam na mão! Levei-o para a Assistência Técnica e estou no aguardo pra ele entrar na fila, pra ser avaliado, e depois ser consertado! Deus sabe quando vou poder voltar às minhas atividades em casa! E depois, quando soube da decisão do STJ de eliminar a necessidade do diploma de jornalista para exercer a profissão, aí pronto... meu dia começou!


Tendo este último acontecimento me causado um grande choque, refleti um pouco sobre o papel do jornalista na sociedade. “Jornalismo é a atividade profissional que consiste em lidar com notícias, dados factuais e divulgação de informações. Também define-se o Jornalismo como a prática de coletar, redigir, editar e publicar informações sobre eventos atuais. Jornalismo é uma atividade de Comunicação”. Como então agora, seis pessoas de formação totalmente diferente da de um profissional de Comunicações podem decidir que esta formação de anos não significa mais a qualificação necessária? Da mesma forma como destituíram os votos de mais de um milhão de paraibanos?


Não cabe aqui discutir posição política, mas sim as atitudes do Supremo Tribunal de Justiça. Um órgão que foi feito para auxiliar a nação agora levanta questões polêmicas com ações que deixam em dúvida o real papel do mesmo.


Desde então fico pensando: será que se eles amanhecessem com a ideia de que um médico não precisa de formação para realizar cirurgias eles destituiriam o diploma de medicina? Notícias citam que eles comparam o jornalismo com a culinária, onde não é preciso curso superior para preparar uma refeição. Meu Deus do céu que mente! Na era da informação, uma notícia não pode ser comparada a algo que fazemos mecanicamente por necessidade. A informação tem o poder de gerar ações, mudar direções e de conscientizar todo um público alvo. Será que uma refeição tem esta importância também?


Em pleno século XXI, a liderança do Brasil cada vez mais me mostra que deveremos mudar, que o sistema está viciado, e que muitos dos que lá “exercem poder” estão cativos de conceitos errôneos e interesses particulares. Mas ainda nos resta uma esperança... Esta é a hora para que possa-se ver que os nossos quatro ou cinco anos de formação não foram em vão. A qualidade superará o empirismo, e seis votos não poderão deter uma vocação lapidada e aperfeiçoada pelo estudo e aquisição de conhecimento.


Um desabafo...

4 comentários:

  1. Essa decisão do STF nada mais é do que uma tremenda falta de respeito para com toda a sociedade. Falta de respeito aos VERDADEIROS JORNALISTAS - aqueles que passaram quatro anos na faculdade, e de lá saíram munidos do tão sonhado e merecido DIPLOMA. Profissionais esses que são completos, já que carregam em si a teoria e prática do jornalismo. E falta de respeito para com a sociedade em geral, que agora terá de confiar em qualquer um, já que a não obrigatoriedade do diploma dá o direito de qualquer “cachorro” (desculpem-me o termo) ser jornalista.

    Sílvia Jerlândia, JORNALISTA COM DIPLOMA, formada pela Universidade Estadual da Paraíba.

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  2. É um ABSURDO tão grande que nos deixa tçao profundamento indignados que qualquer coisa que eu diga estarei repetindo o que centenas de jornalistas 'diplomados' estão dizendo hj. Então fica apenas um questionamento: Será mesmo que não é o momento dos profissionais fa imprensa não se fazerem ouvir? Pq afinal, não vi o William
    Bonner nem a Fátima fazerem qualquer observação. Até agora não vi a classe se movimentar, de verdade, contra esse fato.

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  3. A derrota da educação
    Não ser obrigatório o diploma no caso dos jornalistas é mais uma derrota da educação... Pra que passar quatro anos na faculdade, se a partir de agora qualquer um é jornalista? É um absurdo... Mas são coisas que acontecem.
    Na verdade... não vai mudar muita coisa, muitos batem no peito e dizem “sou jornalista” e na verdade são irresponsáveis e agressores.
    Existe uma diferença entre querer e ser jornalista. Muitos querem... mas poucos são.
    Particularmente não me preocupo, não precisei que um MINISTRO diga que sou jornalista, estudei, passei no vestibular, estagiei, me formei, estou no mercado de trabalho e atualmente estou fazendo pós-graduação em mídia e assessoria.
    O mercado está abarrotado de jornalistas, advogados, médicos, pedreiros etc. Mas quem se destaca é quem é capacitado, quem trabalha com transparência e responsabilidade.
    Apesar da educação ter perdido (afinal estamos no Brasil) não mudou muita coisa.

    Gilberto Silva Jornalista formado pela UEPB, especializando em Mídia e Assessoria
    DRT – PE 4350 (conquistado, não comprado)

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  4. vcs nao viram porque no fundo a maioria sabe que nao exercem plenamente a profissao e que tanto faz isso ou aquilo. sao os salarios, a politica comercial dos jornais que alejam a categoria. por quê a bernardes iria falar alguma coisa? ela recebe um rico salario (que muitos jornalistas invejam) para truncar, omitir e distorcer - essa ou qq outra informação. boa sorte aos amigos jornalistas...

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